Leonardo chora no enterro da mãe e relembra dela com orgulho e saudade

Dona Carmem, mãe de Leonardo faleceu aos 85 anos.

A mãe de Leonardo foi enterrada junto ao filho Leandro, que se foi em 1998 e do marido, Avelino.

A noticia do falecimento foi confirmada por Poliana, mulher de Leonardo. “Leo fez uns exames de sangue e eu estava indo no médico levar os exames com ele. Na hora que a gente estava a caminho do médico, nós fomos surpreendidos por uma ligação da minha cunhada falando que minha sogra tinha tido um infarto. Nós desviamos do caminho e viemos até o apartamento dela”.

Leonardo também informou nas redes sociais, através de sua equipe . “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de dona Carmem Costa, 85 anos, mãe do cantor Leonardo. Uma mulher forte que sempre teve como missão de vida manter sua família unida. Ela deixa filhos, netos e bisnetos.”

A dor da perda de uma mãe nunca será superada. Ainda assim, com dor, Leonardo falou da sua gratidão. “Obrigado por tudo mãe. Descanse em paz. Te amo”,

Mas Leonardo conseguiu, mesmo no dia do enterro, falar com orgulho das conquistas de Dona Carmem. Ela administrava a “Casa de Apoio São Luiz“, em Goiânia.

Como foi a criação da Casa de Apoio São Luiz?

O Leandro morreu no em junho de 1998, ele tinha 36 anos. Seu problema foi um câncer raro na região do tórax.

Quando soube do diagnóstico, Leandro imaginou um projeto para ajudar pessoas com câncer e pediu a ajuda de Dona Carmem.. Infelizmente, ele não viu a instituição nascer. Hoje Casa de Apoio recebe pacientes e tem também objetos que lembram Leandro como violões, roupas e discos que eram do sertanejo.

Há 25 anos Dona Carmem administrava a Casa de Apoio atendendo a mais de 80 pessoas simultaneamente. E, por ano, passam por lá 700 pessoas. Não há nenhuma cobrança; Paciente e acompanhante podem ficar pelo tempo que for necessário. Houve casos em que a estadia se estendeu por cinco anos.

Quando ainda estava viva Dona Carmem contou “Quando o Leandro estava doente, um dia de manhã, a gente estava tomando café e ele falou: ‘Mãe, eu estava pensando de fazer uma casa para cuidar de gente que tem câncer. A senhora me ajuda?’ Eu falei que sim. Ele falou: ‘Isso tudo é muito difícil, porque a dor é muito forte. Graças a Deus eu ainda posso cuidar, comprar os remédios, e quem não pode? Vai sofrer muito’”.

Leonardo lembra legado da mãe em apoio a pessoas com câncer e se emociona: “Mãe, a senhora já está acostumada com a morte”. Ela me respondia “Não, nunca me acostumo. sempre vou sofrer quando ver alguém partir”. E Leandro desabafa, “hoje estou vendo esta heroína partir”.

Um exemplo do atendimento é a paciente Darci Maria Pereira da Silva, 46 anos, que se trata de um câncer no útero e está há três anos no local. Veio de Belém para se tratar em Goiânia.

“Já fui acamada, já fui cadeirante e hoje eu sou andante, brinco que só vivo andando. A gente que não tem uma condição financeira boa não tem como pagar hotel, restaurante. Se não fosse essa casa, muita gente não estaria em tratamento”, diz Darci.

“Aqui você tem café da manhã, almoço, lanche, janta. Tem o seu quartinho, sua cama, televisão, frigobar. Se você passar mal, tem as ambulâncias. Aqui é tudo de bom”, afirmou.

Da mesma forma que Dona Carmem homenageou Leandro criando e administrando a Casa de Apoio por 25 anos, Leonardo homenageia Dona Carmem postando no seu Instagram um vídeo com a mãe e um fundo musical “não aprendi dizer adeus”.

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